Entre os pedidos está a suspensão das importações do produto.
De acordo com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina, JOSÉ ZEFERINO PEDROZO, a suspensão das importações de leite do Mercosul tem sido uma das principais demandas do agronegócio junto ao governo Federal há alguns anos.
Ele assinala que a tarifa zero praticada entre os membros do Mercosul e a ausência de uma negociação de cotas colocaram os produtores catarinenses e brasileiros em situação de extrema desvantagem.
Segundo o presidente da Faesc, o Brasil é autossuficiente em lácteos e a importação injustificada cria um ambiente prejudicial ao setor, porque a tributação brasileira é mais elevada...
"O ideal seria a definição de cotas para os países-membros para evitar uma concorrência predatória. Isso não ocorre no Mercosul, onde o membro com maior mercado consumidor sofre com a concorrência dos que não têm mercado", expõe o dirigente.
Santa Catarina é o quarto maior produtor de leite do país, com 3,4 bilhões de litros em 2017. Nos últimos 11 anos, a produção estadual cresceu 92%.
O oeste responde por 76% da produção catarinense. É o terceiro principal produto do agronegócio, atrás somente do frango e do suíno.
Mas a importação não é o único problema do setor. Os custos de produção estão cada vez maiores, causado por deficiências logística e insumos caros, aliados a preços baixos pelo litro do leite praticados no mercado.
Os valores estão em queda desde junho passado, quando o preço de referência estava em 1 real e 64 centavos o litro, até dezembro, quando baixou para 1 real e 12 centavos o litro.
"Por isso, aliado ao controle das importações, outras demandas do setor são a redução do ICMS, buscando igualar a alíquota praticada pelos Estados vizinhos, e mudanças no PIS/Cofins que incide sobre o setor", observa JOSÉ ZEFERINO PEDROZO.
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